2 de junho de 2011

Netos desequilibram convivência de pais e avós

A convivência entre as avós e seus netos não poderia ser melhor, entretanto, entre as avós e os pais nem sempre é das mais simples e pacífica. As avós sem dúvida são as melhores e mais confiáveis ajudantes. Eles buscam na escola, levam à natação, ajudam no banho e também liberam o que muitas vezes os pais não deixam.

De acordo com o pediatra Fabio Ancona Lopez, as avós acham que, se deu certo da forma como fizeram com os filhos, não há por que mudar. Mas a medicina evoluiu muito. Ele afirma que muitas avós insistem em dar chás e papinhas para bebezinhos, quando a recomendação, hoje, é o aleitamento materno exclusivo até os seis meses.

Avós também estão presas à ideia de que “mais gordinho é mais fortinho”, explica o médico. E como as crianças passam mais tempo na casa da avó, comem guloseimas, podem assistir TV comendo no sofá, tendem a ter um ganho de peso maior, afirma.

Como na casa dos pais há outra lei, como, por exemplo, não comer chocolate entre as refeições, existe vários motivos para discussões entre pais e avós. E o velho ditado prevalece: quem educa é pai e mãe, as avós não têm essa função.

Os psicólogos afirmam que é preciso ficar claro que quem manda são os pais. E para evitar os conflitos ensinam: se a criança pede algo às avós, esses devem dizer que vão consultar os pais dela antes de responder a sua vontade. E os pais antes de arrumar uma briga por uma bobagem, devem levar em consideração a dedicação das avós.

A convivência entre avó e neto beneficia os dois lados. Os pais pela segurança e as avós pela oportunidade de se sentirem úteis e renovadas em poder cuidar das crianças. Portanto, o ganho afetivo é maior que qualquer mau hábito que a criança possa adquirir.

Do lado dos netos, os ganhos vão além dos mimos. A criança percebe o processo de envelhecimento, aumenta seu respeito pelos idosos e tem uma noção mais completa de família, dizem os educadores.

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